Incontinência Urinária: Como ajudar com Medicina Tradicional Chinesa

06-05-2020

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, pode manifestar-se como gotejamento constante ou micção intermitente, com ou sem perceção da necessidade de urinar. A incontinência reduz muito a qualidade de vida, causando constrangimento, estigmatização, isolamento e depressão.

Existem diversas manifestações de incontinência, as principais são as seguintes:

Incontinência de urgência é a perda não controlada de urina (de volume moderado a grande), que ocorre imediatamente após uma necessidade urgente e incontrolável de urinar.

Incontinência de esforço (ou de stresse) é a perda de urina decorrente de aumentos abruptos da pressão intra-abdominal (p. ex., tosse, espirros, rir, curvar o corpo, ou erguer pesos). O volume perdido é habitualmente pequeno a moderado.

Incontinência por transbordamento é o gotejamento de urina de uma bexiga cheia demais. O volume habitualmente é pequeno, mas as perdas podem ser constantes, resultando em perdas totais grandes.

Esta patologia tende a afetar diversas faixas etárias, e ambos os géneros. Em idosos o tipo mais comum de incontinência é a de urgência. Na generalidade das mulheres a incontinência de esforço é uma das mais comuns, surge sobretudo devido a complicações pós parto.

Nos homens a incontinência por transbordamento tende a ser uma das que tem maior incidência e está relacionado com o aumento do tamanho da próstata que obstrui parcialmente a uretra.

Em pacientes mais jovens, a incontinência inicia-se com frequência de forma súbita, pode causar pequena perda e habitualmente é solucionada de modo rápido com pouco ou nenhum tratamento. Em geral, a incontinência apresenta uma causa em indivíduos jovens, mas diversas causas em idosos. (v.a., 2020)

Em Medicina Tradicional Chinesa a incontinência é sempre considerada uma deficiência de Qi (energia). (Maciocia, 2009) Os Rins regulam o controle dos esfíncteres, pelo que a deficiência de Qi deste órgão pode levar à incontinência. (Maciocia, 1996) Por outro lado o Baço Pâncreas controla a produção geral de Qi e ascensão do mesmo, mantendo assim os órgãos no sítio. Assim quando este falha, falha também em controlar a urina. (Maciocia, 1998)

Para o tratamento desta patologia, a medicina chinesa detém diversas terapêuticas, acupuntura, fitoterapia e, uma das terapêuticas com grande grau de eficácia, a moxibustão.

A moxibustão consiste na aplicação de calor, com bastão ou cones de moxa, em determinados pontos de acupuntura com o objetivo de fortalecer os órgãos a que os pontos estão associados. Seguem-se alguns exemplos destes pontos, que variam com o tipo de diagnóstico elaborado.

O grau de eficácia deste tratamento é maior se for aplicado num estágio inicial da patologia, trazendo assim uma resolução da situação para diversas pessoas que começam a manifestar sintomas e que desconhecem formas eficazes de o resolver, ou pelo menos de o atenuar.

Bibliografia

  • Maciocia, G. (1996). Fundamentos de Medicina Chinesa. Roca.
  • Maciocia, G. (1998). Obstetrics and Gynecology in Chinese Medicine. Elsevier. https://books.google.com/books?id=pazQAQAAQBAJ&pgis=1
  • Maciocia, G. (2009). A Prática da Medicina Chinesa: Tratamento das Doenças com Acupuntura e Ervas Chinesas (p. 1226).
  • v.a. (2020). Incontinência em Adultos. Manual MSD. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/distúrbios-geniturinários/distúrbios-miccionais/incontinência-urinária-em-adultos


Cláudia Raimundo | Medicina Tradicional Chinesa 
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